quarta-feira, julho 27, 2011

Certificação SCEA(OCMJEA), depois de uma década permanece válida

Recebi hoje a confirmação da minha aprovação na certificação Oracle Certified Master, Java EE 5 Enterprise Architect. Com isso termino minha busca pelas principais certificações profissionais na tecnologia Java. Resolvi aproveitar a ocasião para refletir sobre o valor das certificações profissionais, em especial a SCEA agora chamada OCMJEA (essa sigla é péssima).
A busca pelas certificações foi um grande incentivo para aprofundar meus conhecimentos em cada um dos tópicos estudados. Passei de uma leitura superficial, focada em um problema específico ou outro, para uma visão geral que me preparou para várias situações posteriores. Por exemplo, quando fiz a SCBCD 5.0 ainda não havia bons livros sobre a certificação de EJB 3.0 e tive que me preparar através das JSRs (especificações originais da tecnologia). Na mesma época, em um projeto real, precisei usar esses mesmos conhecimentos para apoiar decisões importantes na arquitetura de um sistema. Algo semelhante aconteceu na SCWCD. Sempre me recusei a estudar certos detalhes de Servlets e JSP por achá-los totalmente inúteis. Estudei obrigado para a certificação, mas depois colhi frutos podendo solucionar problemas mais complexos e entender o funcionamento de frameworks dos quais, antes, eu era um mero consumidor.

Mas falando agora da SCEA e sua relevância, uma das críticas que ouço é que a certificação foca muito em detalhes técnicos da plataforma e que realmente não testa os conhecimentos de um arquiteto. Discordo. Dentro do seu escopo que é arquitetura de soluções corporativas na plataforma Java ela cumpre bem o seu papel. Vou citar alguns exemplos baseados na minha experiência.

Primeiramente, a SCEA(OCMJEA) possui três fases:

1. Uma prova objetiva sobre arquitetura de sofware, design, Java EE e etc.
2. O projeto arquitetural de uma solução na plataforma Java EE para um problema hipotético
3. Uma prova aberta sobre a solução proposta para o problema da fase 2.

Visão do problema

A fase 1 testa os conhecimentos fundamentais e habilita o candidato para as próximas etapas. Na fase 2 é que começa a diversão para valer. É fornecida uma descrição do problema sem muitos detalhes, o que gera alguma insegurança no início. Esta situação é muito comum em projetos reais. Muitas vezes, a visão inicial do problema não é clara o suficiente para pensarmos logo na solução. Na análise arquitetural, boa parte dos requisitos são descobertos, não apenas coletados. Uma vez entendido o problema passamos à solução.

Foco no cliente

Neste ponto, assim como no mundo real, somos tentados a perder o foco, seja pensando apenas em tecnologia, ou sendo preciosistas em relação a detalhes como notação UML. Todas estas coisas só tem valor na medida em que nos ajudam a solucionar o problema do cliente. O cliente é aquele cara que está te pagando para resolver um problema concreto. Nas empresas, sempre temos alguém nos lembrando dos prazos. Durante a certificação, porem, essa responsabilidade é nossa. Acredito que muitas pessoas desistem no meio do caminho da SCEA por este motivo. Para mim foi importante ter definido um cronograma para monitorar meu progresso. Quando percebi que não saia do lugar, concentrei o foco na solução DO problema, sem tentar abraçar o mundo e ser perfeito em tudo.

Rastreabilidade

Enfim, outro ponto importante, pois me deu segurança no final, foi manter a rastreabilidade entre as necessidades da empresa (fictícia), os requisitos arquiteturais e as soluções propostas. Esta abordagem garantiu a cobertura de todo o problema e ajudou a manter o foco. Assim como no mundo real, cada decisão arquitetural deve estar associada a uma necessidade do cliente, mesmo que indiretamente.

Gerenciamento de riscos

A listagem dos principais riscos arquiteturais foi incluída na última versão da certificação. No mundo real, os riscos arquiteturais críticos também devem acompanhados atentamente.

Conclusão

Após esta experiência, reforço a validade e os benefícios da SCEA e de qualquer outra certificação profissional. Principalmente quando sabemos aproveitar bem este tempo de imersão nos estudos, trazendo benefícios reais para o nosso cotidiano.

segunda-feira, julho 18, 2011

inflammable != unflammable

http://www.hudsonhorizons.com/pub/images/Flammablevsinflammable.jpg

Semana passada aprendi uma lição interessante de inglês. Um cliente solicitou a correção da tradução da palavra “inflamável” no software em que estávamos trabalhando. A tradução supostamente incorreta era “inflammable”. O cliente, americano, sugeriu que traduzíssemos como “unflammable”, que é um antônimo de “inflamável”. Surpreso com a confusão de um “native speaker”, fiz uma breve pesquisa para justificar que a tradução estava correta. Descobri então que “inflammable” e “flammable” são sinônimos e ambos significam “inflamável”. Porem, na língua inglesa existe uma tendência a se confundir “inflammable” com seu antônimo “unflammable”. Para minimizar as confusões o ideal é utilizarmos sempre “flammable” e nunca “inflammable”. A confusão ocorre porque em muitos casos o prefixo “in” significa negação (ex: “invisible” e “incomplete”), porem no caso de “inflammable” o prefixo “in” tem a função de intensificar, não de negar. A palavra “inflammable” com o passar do tempo foi sendo substituída por “flammable”.

Segue uma explicação mais detalhada retirada do TheFreeDictionary.com

Usage Note: Historically, flammable and inflammable mean the same thing. However, the presence of the prefix in- has misled many people into assuming that inflammable means "not flammable" or "noncombustible." The prefix -in in inflammable is not, however, the Latin negative prefix -in,which is related to the English -un and appears in such words as indecent and inglorious. Rather, this -in is an intensive prefix derived from the Latin preposition in. This prefix also appears in the word enflame. But many people are not aware of this derivation, and for clarity's sake it is advisable to use only flammable to give warnings.



quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Art Project, a tecnologia do Google a serviço da arte

O Google nos presenteou estes dias com mais um serviço fantástico, cumprindo muito bem sua missão de “organizar as informações do mundo todo e torná-las acessíveis e úteis em caráter universal”. Foi lançado o Art Project que, segundo sua própria definição é uma “colaboração única com alguns dos mais aclamados museus do mundo para permitir que as pessoas descubram e visualizem mais de mil trabalhos artísticos online”. As obras estão disponíveis em altíssima resolução permitindo um nível de visualização até “melhor” do que se fosse vistas ao vivo.

Um detalhe importante é que este projeto foi implementado pelos funcionários do Google no período de 20% do tempo que eles dedicam à projetos pessoais dentro da empresa.

As principais funcionalidades do serviços são:
  • Explorar os museus internamente com a mesma tecnologia empregada no Google Street View;
  • Visualizar as obras de arte em alta resolução, tendo acesso a dados detalhados sobre os artistas e suas obras;
  • Criar a sua própria coleção de arte, selecionado as obras preferidas.

Assista ao vídeo guia para visitantes

terça-feira, julho 27, 2010

Starcraft 2 - Realware


Gostaria de comunicar a todos os que chamaram o Starcraft 2 de vaporware que acabei de comprar na minha caixinha do SC2.

Enfim REALWARE!

sábado, agosto 08, 2009

Operação Pandemia ... gripe suína, paranóia coletiva e muitos dólares.

Neste documentário de aproximadamente 10 minutos o argentino Julian Alterini faz sua análise do que chama de Operação Pandemia.

Tire suas próprias conclusões.

terça-feira, julho 21, 2009

quarta-feira, julho 01, 2009

Artigo científico sobre o Iron Maiden

Hoje encontrei um post no whiplash.net sobre a publicação de um artigo científico intitulado: “When Two Worlds Collide” Representações do real e monstruosidades fantásticas no conjunto simbólico das capas de álbuns e singles da banda Iron Maiden. O artigo é do historiador Rodrigo Medina Zagni, pesquisador da USP e foi publicado na revista Domínios da Imagem da Universidade Estadual de Londrina. O artigo pode ser encontrado em PDF neste link .

O artigo faz uma contextualização histórica do Heavy Metal e do Rock, levando-nos a entender o momento social e as influências recebidas pelo Iron Maiden na sua gênese. O autor demonstra a profundidade do trabalho da banda, tanto pelas muitas referências literárias e históricas presentes nas letras das músicas, quanto pela iconografia das capas dos discos.

As imagens são interpretadas com base na idéia jungiana da "experiência simbólica" e pela iconologia desenvolvida por Panofsky e Gombrich. Foi feita uma classificação e quantificação abrangente dos elementos presentes nas imagens.

Um ponto importante deste trabalho é o pioneirismo na interpretação da nossa sociedade, por meio desse importante segmento que é o Heavy Metal. O autor fala do preconceito no meio acadêmico em relação ao Heavy Metal e ao Rock em geral. Ele cita o descompasso em relação a outros movimentos musicais, por exemplo, a MPB sempre tem sido estudada como fenômeno político de protesto durante a ditadura militar, o mesmo não ocorre com as bandas de punk-rock do ABC paulista. Isto também ocorre em relação ao hip-hop e a outros estilos. Este preconceito, responsável pela escassez de trabalhos como este, esta relacionado ao mito da ausência de conteúdo no Rock em geral.